Autor: Isabela Freitas
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Edição: 1
Edição: 1
Ano da edição: 2014
Gênero: Ficção; Literatura
Nacional; Não-ficção; Autoajuda.
Classificação: 3/5
SINOPSE
Tudo começa com um ponto-final; a decisão de terminar o
namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As
amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles
formavam um casal per-fei-to! Mas por trás das aparências existia uma menina
infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha.
Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato
com seus próprios desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é,
Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, com as
tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é
artigo em falta no mercado.
RESENHA
Ao
contrário de alguns resenhistas e, apesar do título, eu não achei que este
livro fosse de autoajuda, pois havia lido a capa e havia percebido perfil do
público que mais amou esse livro, dentre muitos adolescentes. E certamente
autoajuda não é algo que encanta essa horda de adolescentes. Mas, também, me
surpreendi pela pegada de autoajuda de uma forma diferente, leve e bem
descrita. E, como vocês podem ver na classificação do gênero que eu descrevi,
ela também é meio confusa, não é? Como pode ser ficção, não-ficção e autoajuda
ao mesmo tempo? Pois é, eu também ainda não entendi. Mas explico.
Eu
peguei este livro sem grandes expectativas, apenas com a intenção de matar a
curiosidade de tanto amor brasileiro por esta obra e para embarcar em algo
leve, após uma leitura fantástica e densa do Stephen King. Confesso que comecei
a ler e os conselhos do começo e a divagação reflexiva é muito estilo
autoajuda, e essa sabedoria absolutista não combinava com a garota imatura que
estava sendo descrita, cuja vida estava sendo dramaticamente descrita como
bagunçada (logo quando eu tinha acabado de ler Misery hahaha – aquilo sim, é
vida bagunçada). Então passei uns dois dias sem vontade alguma de continuar,
mas me obriguei para terminar e porque eu já tinha percebido que a leitura fluía
e que tinha várias partes divertidas.
Além
disso, ainda tinha algo que me incomodava: Isabela Freitas, a autora, também é
a personagem principal do livro. E eu comecei a ler achando que aquela era uma
obra autobiográfica. E na medida em que eu lia, eu me incomodava com tamanha
exposição.
“Poxa,
Isabela, você realmente contou tudo isso?”
“Se
tudo isso aconteceu e você expos aqui, mesmo trocando os nomes das pessoas,
isso é muito chato, sinceramente.”
“Não,
não acredito que você está contando isso...”
Só
depois de ler os dois livros eu pesquisei e descobri que, apesar de ser baseado (ufa!) na sua
personalidade e em alguns acontecimentos, os personagens e a trama são
ficcionais. Depois de saber disso eu pude reavaliar e vi que gostei da
criatividade da autora, pois o que realmente me prendeu do meio do livro ao
fim, foi saber o que iria acontecer com Isabela, ou seja, algumas partes cheias
de conselhos eram legais, mas eu preferia a história.
Isabela
Freitas sabe como contar histórias e criar tramas, embora o tempo todo eu me
lembrasse daqueles filmes de comédia romântica que passavam (ainda passam? Eu
sou desatualizada sobre programas nacionais de TV) na sessão da tarde. Poxa...
Daria um filme mesmo, deste gênero. Então, o público infanto-juvenil e adultos
na faixa dos 20 anos realmente deve ter adorado o livro.
Finalizando,
eu gostei da forma que Isabela conta histórias, dos diálogos leves e
engraçados, das tramas de uma jovem adulta (embora baseadas em vários dramas da
nada-fácil-vida-de-adolescente), da identificação com o jovem contemporâneo e
com a linguagem também, da visão otimista (resquícios da linha autoajuda), além
da diagramação do livro, ele é muito lindo, amei as cores e o design feito para
lembrar tweets e o espaço virtual das redes sociais; e, embora seja um livro “mulherzinha”,
amei a capa minimalista. Por todos esses pontos positivos, eu o classifico com
3/5.
E
vocês, o que acharam do livro?
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