[Resenha] O Dragão de Gelo - George R. R. Martin

O Dragão de Gelo

Autor: George R. R. Martin

Ilustração: Luis Royo

Editora: Leya

Edição: 1

Ano da edição: 2014

Páginas: 128

Gênero: Ficção fantástica

SINOPSE

O dragão de gelo era uma criatura lendária e temida, pois nenhum homem jamais havia domado um. Quando sobrevoava o mundo, deixava um rastro de frio desolador e terras congeladas. Mas Adara não tinha medo. Pois Adara era uma criança do inverno, nascida durante o frio mais intenso de que alguém tinha memória. Adara não se lembrava de quando viu o dragão de gelo pela primeira vez. Parecia que a criatura sempre estivera em sua vida, avistada de longe enquanto ela brincava na neve gelada durante muito tempo depois de as outras crianças terem fugido do frio. Aos quatro anos ela o tocou, e aos cinco montou no dorso imenso e gelado do dragão pela primeira vez. Então, aos sete anos, em um dia calmo de verão, dragões de fogo vindos do norte desceram sobre a fazenda pacífica que era o lar de Adara. E apenas uma criança do inverno e o dragão de gelo que a amava poderiam salvar o seu mundo da completa destruição.

RESENHA

Pense em três coisas: histórias infantis, contos de fadas e George R.R. Martin. Agora junte em uma leitura rápida e com ilustrações. Bem nostálgico, né? Pelo menos para mim, que tive alguns livros na infância, desses de capa dura, com histórias e contos de fada, alguns com finais nem tanto felizes, e ilustrações marcantes.

Confesso que fiquei super curiosa para descobrir o que Martin tinha inventado a respeito de um dragão de gelo, em um livrinho com apenas 160 páginas e, ainda mais, com muita ilustração. E o que eu encontrei foi um livro ao estilo Irmãos Grimm.

O livro começa trazendo um fato bem triste e denso, contado com aquela negligência infantil de quem conta, mas não faz ideia da seriedade do assunto. Para mim, essas são as partes mais assustadoras dos contos de fadas que abordam tristes fatos da vida, porque eles sempre abordam: fome, marginalidade, discriminação, morte. E, como tudo isso me foi nostálgico e há muito pouca referência à descrição do local e da cultura, tudo que se é notório é: a história se passa em um lugar muito frio, e a atemporalidade é muito importante, pois também é negligenciada (embora a falta de tecnologia seja um dos primeiros sinais de que não se passa nos dias atuais).

Assim, sobre as circunstâncias narradas, surge uma inusitada amizade entre Adara, a protagonista da história, e o dragão de gelo, que é acompanhada por lindas ilustrações ao estilo rabiscado, apenas preto com branco, com traços leves, sem contornos bem definidos... quase rascunhos. Vejam as imagens abaixo:

O clímax da história se dá quando sérias situações surgem e decisões definitivas podem mudar tudo. Claro, nada é narrado com a tensão que eu vos demonstro, afinal, é um livro infantil. Mas tem um final, li em menos de 30 minutos, e quero mantê-lo na minha estante. É lindo. Ah, e a qualidade do material é diferenciada, tendo sido utilizados papel off-set para o miolo e papel couché para a capa, que tem alguns relevos em alguns traços da pintura. Foa que essa obra de arte eu adquiri em uma daquelas mega Ofertas da Amazon, na época da estreia da 6ª temporada de Game of Thrones, sobre muitos livros de George. Foram apenas R$ 10,00. Eu tinha que comprar, né? Não me arrependi.

Apesar de não achar justo classifica-lo sob a pontuação máxima por causa do conteúdo – tendo em vista que eu uso como referência livros ótimos em relação ao conteúdo, é claro, acho justa a minha classificação pelos motivos traçados acima.