[Série] The OA

The OA

Lançamento da temporada completa: 16 de dezembro de 2016

Número de Episódios: 8

Número de Temporadas: 1

Emissora original: Netflix

Criadores: Zal Batmanglij e Brit Marling

Produtor: Brad Pitt

Status: renovada para a 2ª temporada

Gênero: drama; mistério

"A série mais misteriosa da Netflix"

Essa foi, com certeza, uma frase de efeito para mim, mesmo sabendo da psicologia do sensacionalismo, eu não resisti. Procurei mais resenhas, mais comentários, e todos convergiam. Eu poderia deixar de conferir? Não mesmo.

Amo mistérios, evito dramas por me envolver demais, mas dessa vez eu me entreguei mesmo. Além disso, olha essa nota no IMDb! Até os episódios não mantêm padrão: alguns tem 1 hora, outros têm 30 minutos.

O que eu ouvi antes de assistir: é muita ficção científica, lembra Stranger Things (inclusive a aposta da crítica está em saber se vai superar o sucesso desta) e um pouco de 3% (que eu assisti, mas não acho nada parecida). Bem, não importam quais as opiniões, eu sempre preciso ver, se eu tiver me interessado, mas sei que ela não tem a ação das séries referenciadas acima. Meus sentimentos no decorrer dos episódios: ansiedade, expectativa de grandes coisas, confusão; aí curiosidade, claustrofobia, confusão; frustração, decepção, confusão; ilusão de esclarecimento, confusão, vontade de chorar hahahaha

Mas foi exatamente por tudo isso que eu a adorei.

ALERTA POSSÍVEIS SPOILERS (se você quer se surpreender completamente, não leia o parágrafo abaixo)

A série mostra o retorno de Praire, uma adulta já, depois de ter desaparecido por 7 anos, e quando era cega. Ela volta enxergando, com muitos mistérios, sensível a qualquer toque na pele, com marcas nas costas, e aos poucos encontra algumas pessoas muito diferentes entre si e resolve que aquelas pessoas são as pessoas certas para a ajudar. Em quê? Exatamente... A gente passa todos os episódios tentando entender como, depois de entender o quê. No primeiro episódio eu achei que tivesse mais a ver com algo máximo, paranormalidade, telecinese, telepatia. Mas depois, algo chamou muito mais atenção do que isso: experiência de quase morte. Este é o foco da série e isso é muito incrível. E mais, ainda assim, fica difícil definir o que está além da ficção científica: espiritualismo?

Eu me encantei pelos diálogos eloquentes e pela fotografia, os atores de drama precisam ser excelentes, e todos esses estão de parabéns. Nos primeiros episódios, as coisas ficam muito centradas em uma história dentro da história, que envolve quem está escutando ela lá, e a nós também (nos fazendo esquecer da sensação de WTH?). Mas aí a série faz nos envolver lentamente com os outros personagens, sentir suas frustrações e dores (eles foram bons nisso, dado o pouco tempo que usaram para fazer isso). Veja o trailer abaixo:

A série concluiu o que começou, mas deixou espaço de sobra para querermos saber na segunda temporada o que diabos aconteceu e o que significa tudo aquilo. "Kathun, ajuda aqui?" (Kathun é um tipo de guardião pós morte, difícil explicar). Para quem gosta de noia, teorias, discussões, inconclusões, esta é uma série fascinante. Ah, e tem que gostar do drama também.